sábado, 17 de junho de 2017

O PREÇO PELA PRIMEIRA VEZ - CAP III


NOTA: Se for a primeira vez que ler a nossa novela, não pague o preço, volte ao CAPÍTULO I

         Ao passar por uma rua escura, Meire sentiu o braço do rapaz envolvendo seu corpo. Parou sem saber por que. Parou sem dizer nada. Havia quinze minutos que estava calada. Pensou em fugir. Sabia que não era apenas o abraço que ele queria. Sabia que iria ser difícil dizer não, ou melhor, fazê-lo entender o não. Não adiantaria muito tentar resistir o que o seu próprio corpo queria. Já ia dize que hoje não, mas sentia os lábios de João Carlos tocando nos seus. Fechou os olhos e deixou acontecer.
         Era o seu primeiro beijo. Depois quis mais e mais. Mesmo não sendo João Carlos o rapaz da sua preferencia. Ainda, é bem verdade, não preferia ninguém. Com seus problemas familiares e a péssima condição financeira, não lhe restava tempo para os primeiros namorinhos comuns na adolescência.
         De repente sem saber o que fazer, perguntou:
         — Porque você me beijou?
         — É por que eu te acho uma gracinha. — respondeu o rapaz convicto de si.
         — É que eu nunca beijei antes.
         — Relaxa, tudo tem a primeira vez. – rebateu.
         Na segunda rodada de beijos, a mão do rapaz roçou-lhe as coxas em direção às suas partes mais íntimas. Ela tentou se defender. Mas a insistência venceu a resistência.
         Seguindo com os beijos, as mesmas mãos que roçavam suas coxas, contraia seus seios.
         Meire sentia-se suspensa e sem perceber foi puxada um pouco para o canto onde o escuro era mais forte que o resto da rua. Poucos minutos depois, Meire sentia, pela primeira vez, um corpo estranho em suas entranhas.

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